Câncer de Ovário: Sintomas, causas, diagnóstico e tratamentos

Câncer de Ovário: Avanços, Prevenção e Tratamentos em 2025

O câncer de ovário continua sendo um dos tumores ginecológicos mais desafiadores da medicina moderna, representando uma ameaça significativa à saúde feminina no Brasil. Com os avanços revolucionários observados em 2024 e 2025 — especialmente nas áreas de imunoterapia, medicina personalizada e diagnóstico precoce — o panorama do tratamento está em constante evolução. Este guia reúne as informações mais atualizadas sobre prevenção, diagnóstico e manejo desta doença complexa.

O que é Câncer de Ovário

O câncer de ovário surge quando células normais dos ovários sofrem mutações genéticas e começam a se multiplicar de maneira descontrolada. Os ovários, localizados de cada lado do útero, são responsáveis pela produção dos óvulos e dos hormônios femininos estrogênio e progesterona, essenciais para a saúde reprodutiva e o equilíbrio hormonal.

Tipos Principais de Câncer de Ovário

1. Tumores Epiteliais (90% dos casos): originam-se nas células que revestem a superfície do ovário e são mais comuns em mulheres pós-menopáusicas. Incluem os subtipos seroso de alto grau, endometrioide e de células claras.
2. Tumores de Células Germinativas (5%): desenvolvem-se nas células produtoras de óvulos, sendo mais frequentes em mulheres jovens e com bom prognóstico quando diagnosticados precocemente.
3. Tumores do Estroma (5%): formam-se nas células produtoras de hormônios, podendo gerar alterações hormonais e tendendo a um crescimento mais lento.

Estatísticas Recentes (Brasil, 2024–2025)

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 7.310 novos casos por ano. Apesar dos avanços, 75% ainda são diagnosticados em estágios avançados. A taxa média de sobrevida em cinco anos é de 45%, ressaltando a importância do diagnóstico precoce.

Sintomas: Reconhecendo os Sinais

O câncer de ovário é conhecido como o “assassino silencioso”, pois seus sintomas iniciais costumam ser sutis e confundidos com distúrbios digestivos. Os sinais mais comuns incluem:

  • Distensão abdominal persistente e sensação de inchaço

  • Dor pélvica ou abdominal constante

  • Alterações no apetite e saciedade precoce

  • Necessidade frequente de urinar

Em estágios avançados, podem surgir fadiga intensa, perda de peso, constipação e falta de ar devido ao acúmulo de líquidos no abdômen.

Fatores de Risco e Proteção

Os principais fatores de risco incluem idade acima de 50 anos, histórico familiar de câncer de ovário, mama ou colorretal, além de mutações genéticas nos genes BRCA1 e BRCA2.
Entre os fatores de proteção, destacam-se a gravidez, a amamentação e o uso prolongado de contraceptivos orais, que reduzem significativamente o risco. Manter um peso saudável e realizar acompanhamento ginecológico regular também contribui para a prevenção.

Diagnóstico e Avanços Recentes

O diagnóstico baseia-se em exames como ultrassom transvaginal, marcador tumoral CA-125 e tomografia computadorizada.
Nos últimos anos, surgiram inovações promissoras, como:

  • Testes de DNA circulante (ctDNA): permitem detectar alterações genéticas no sangue com precisão acima de 90%.

  • Biomarcadores metabólicos: identificam padrões químicos específicos do tumor em estágios iniciais.

  • Inteligência artificial: auxilia na interpretação de exames e na detecção precoce de alterações suspeitas.

Tratamentos Modernos

O tratamento do câncer de ovário é multidisciplinar e individualizado. A cirurgia citorredutora continua sendo o pilar terapêutico, seguida de quimioterapia sistêmica.

Os inibidores de PARP revolucionaram o tratamento, especialmente em mulheres com mutações genéticas, reduzindo o risco de progressão em até 70%. A imunoterapia também ganha destaque, com medicamentos como o dostarlimabe, que estimula o sistema imunológico a combater as células tumorais.

A medicina personalizada é o futuro da oncologia: testes genômicos permitem identificar mutações e selecionar tratamentos sob medida para cada paciente, aumentando a eficácia e reduzindo efeitos colaterais.

Prevenção e Qualidade de Vida

Manter hábitos saudáveis é fundamental: praticar atividades físicas regularmente, adotar uma alimentação rica em frutas, vegetais e antioxidantes e evitar o tabagismo ajudam a reduzir o risco.
Mulheres com histórico familiar devem buscar aconselhamento genético para avaliar a necessidade de exames específicos ou até mesmo cirurgias preventivas.

Durante o tratamento, o suporte emocional é essencial. Grupos de apoio e acompanhamento psicológico ajudam as pacientes a lidar com o impacto físico e emocional da doença, promovendo bem-estar e resiliência.

Após o tratamento, o seguimento oncológico regular é indispensável para monitorar possíveis recidivas e garantir a recuperação plena da saúde física e emocional.

O câncer de ovário não afeta apenas o corpo, mas também a mente e o cotidiano das mulheres. O diagnóstico costuma gerar medo e incerteza, exigindo uma rede sólida de apoio familiar, psicológico e médico. Valorizar o autocuidado e buscar informações de fontes confiáveis ajudam as pacientes a enfrentar o processo com mais segurança e esperança.

A educação em saúde é um dos pilares mais importantes na luta contra essa doença. Campanhas de conscientização voltadas à população feminina podem incentivar consultas regulares e o reconhecimento precoce dos sintomas, o que é determinante para o sucesso do tratamento. A informação salva vidas — e quanto mais mulheres souberem identificar sinais de alerta, maiores as chances de cura.

Além disso, o investimento em pesquisa científica e políticas públicas é fundamental para garantir acesso universal às novas terapias. O fortalecimento do SUS e a incorporação contínua de tecnologias modernas fazem parte de uma estratégia essencial para que todos os avanços científicos cheguem às pacientes que mais precisam, independentemente de sua condição econômica.

Conclusão

Em 2025, o cenário do câncer de ovário é de esperança e transformação. As inovações em diagnóstico e tratamento estão mudando a forma como essa doença é enfrentada. Quando identificado precocemente, o câncer de ovário pode alcançar taxas de cura superiores a 90%.

A conscientização, o acesso à informação e o acompanhamento médico regular continuam sendo as ferramentas mais poderosas para vencer essa batalha. O futuro aponta para uma medicina cada vez mais precisa, humana e personalizada, trazendo novas possibilidades de vida e cura para milhares de mulheres em todo o mundo.