Os ataques cardíacos são líderes em mortes no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal. De acordo com o Datasus, agência de controle de dados do governo, foram registrados 2028 óbitos por doenças cardiovasculares no estado de São Paulo apenas no mês de agosto de 2016.
A mortalidade hospitalar por infarto agudo na internação é alta e maior quanto mais demorado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final. Os fatores de risco para o infarto incluem obesidade, hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes ou infartos anteriores. Homens na meia-idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema.
O infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morre por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma artéria dessas fica “entupida” – o que ocorre quando uma placa de gordura perto da parede interna do vaso rompe – o fluxo de sangue é interrompido e aquela área entra em sofrimento (causando dor). Se o fluxo não for reestabelecido a tempo, o tecido morre.
Sintomas de ataque cardíaco variam, mas a dor é uma sensação mal definida, surda, que pode se localizar em qualquer lugar entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Embora a maioria das pessoas sinta dor no meio do peito, em aperto, irradiando para o braço direito, é comum haver apresentações menos características.
É importante estar atento aos seguintes sintomas, que podem estar associados a um ataque cardíaco: vômitos, suor frio, fraqueza intensa, palpitações, náusea, indigestão, azia, dor abdominal, falta de ar, fadiga, tonturas ou tonturas repentinas. Na presença dessas sensações, é extremamente importante procurar ajuda no pronto-socorro mais próximo em, no máximo, uma hora. Conforme o tempo passa, a dor diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível. Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já está quase totalmente morto.
Além disso, é importante saber que nem todas as pessoas que têm ataques cardíacos apresentam os mesmos sintomas ou com a mesma gravidade. Algumas pessoas têm dor leve, enquanto outras têm dor mais intensa. Algumas pessoas não têm sintomas visíveis, enquanto para outras, o primeiro sinal pode ser uma parada cardíaca súbita. No entanto, quanto mais sinais e sintomas você tiver, maior será a probabilidade de ter um ataque cardíaco.
Se você encontrar alguém com um ataque cardíaco, chame imediatamente ajuda médica de emergência e, em seguida, inicie a RCP (ressuscitação cardiopulmonar) para manter o sangue fluindo. Pressione firmemente e rapidamente no peito da pessoa, cerca de 100 compressões por minuto. Não é necessário verificar as vias aéreas ou fornecer respirações de resgate, a menos que você tenha sido treinado em RCP.
As principais causas de um ataque cardíaco são o acúmulo de substâncias nas artérias coronárias ao longo do tempo, como o colesterol (aterosclerose). Durante um ataque cardíaco, uma placa pode romper e liberar colesterol e outras substâncias na corrente sanguínea, formando um coágulo que bloqueia o fluxo sanguíneo na artéria coronária. O uso de tabaco e drogas ilícitas, como a cocaína, também pode causar espasmos nas artérias coronárias e levar a um ataque cardíaco.
Existem vários fatores de risco para um ataque cardíaco, incluindo idade, tabagismo, pressão arterial alta, níveis elevados de colesterol no sangue, diabetes, histórico familiar de ataques cardíacos, falta de atividade física, obesidade, estresse, uso de drogas ilícitas e certas condições de saúde, como artrite reumatoide ou lúpus.
Se você suspeitar que está tendo um ataque cardíaco, chame imediatamente ajuda médica de emergência. Tome aspirina, se recomendado, e siga as instruções fornecidas pelo operador do serviço de emergência. O tratamento de um ataque cardíaco pode incluir medicamentos, como aspirina, trombolíticos, agentes antiplaquetários, nitroglicerina, beta-bloqueadores e inibidores da ECA. Procedimentos como angioplastia coronária e stenting, bem como cirurgia de revascularização do miocárdio (bypass) também podem ser necessários, dependendo da gravidade do caso.
É importante agir rapidamente diante de um ataque cardíaco e buscar atendimento médico imediato. Fazer mudanças saudáveis no estilo de vida, como parar de fumar, adotar uma dieta saudável e se tornar mais ativo fisicamente, pode ajudar a reduzir o risco de ter um ataque cardíaco. Consultar um médico regularmente e seguir suas orientações também é fundamental para a prevenção e o tratamento adequado de doenças cardiovasculares.