Pé diabético: Sintomas, complicações, e como tratar

A diabetes mal controlada ao longo de vários anos pode resultar em diversas complicações de saúde, sendo uma delas o pé diabético. Essa condição envolve feridas ou áreas infectadas nos pés que podem se agravar consideravelmente, levando ao desenvolvimento de úlceras.

O pé diabético é uma condição complexa causada pela combinação de má circulação sanguínea, frequentemente resultado do comprometimento das artérias nas pernas, e neuropatia, uma disfunção nervosa que afeta principalmente os pés. Isso pode levar a deformidades nos pés, o surgimento de úlceras e a perda de sensibilidade.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), estima-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos possa desenvolver o pé diabético. Entender suas causas e adotar medidas preventivas é essencial.

Quando o Problema se Manifesta:
Não todos os indivíduos diabéticos desenvolverão o pé diabético. Para que isso ocorra, a diabetes precisa estar descontrolada por um longo período.

As mudanças nos pés frequentemente são resultado da neuropatia, que envolve danos aos nervos do corpo. Se não tratado, isso pode levar à amputação do membro afetado.

“Danos nos nervos devido aos altos níveis de glicose tendem a causar insensibilidade nos pés, fazendo com que o paciente não perceba ferimentos que podem piorar sem tratamento adequado.”

Sintomas do Pé Diabético:
Se você identificar um ou mais dos seguintes sintomas nos membros inferiores, é crucial consultar um médico imediatamente:

  • Sensação de queimação
  • Dormência
  • Câimbras
  • Atrofia muscular
  • Deformidade
  • Pele ressecada
  • Perda gradual de sensibilidade nos pés
  • Prevenção do Pé Diabético:
    A abordagem mais eficaz para prevenir o pé diabético é controlar a origem do problema, ou seja, manter os níveis de glicose sob controle. “A prevenção envolve manter a diabetes sob controle e dar atenção especial aos pés, inspecionando-os regularmente em busca de lesões na pele ou unhas que possam piorar.”

    Outros cuidados podem ser incorporados à rotina diária:

  • Verificar os pés diariamente em busca de feridas, bolhas e rachaduras
  • Secar bem os pés após a higiene, pois a umidade favorece o crescimento de fungos
  • Aparar as unhas semanalmente com lixa reta e evitar cortá-las; procure um especialista para cuidar de calos
  • Utilizar calçados confortáveis para evitar ferimentos
  • Evitar sapatos de bico fino
  • Usar meias de algodão sem costuras
  • Evitar bolsas de água quente e imersão em água
  • Verificar a presença de corpos estranhos nas meias e calçados antes de usá-los
  • Consultar regularmente um cirurgião vascular
  • Tratamento:

    Se a condição já estiver presente, a primeira medida a ser tomada é procurar um angiologista ou cirurgião vascular. Esses especialistas têm o conhecimento necessário para lidar com essa situação. Em essência, para auxiliar na cicatrização de úlceras nos pés, é crucial controlar os níveis de açúcar no sangue por meio de medicamentos orais ou insulina.

    Para melhorar a circulação, o médico pode prescrever medicamentos específicos. Em casos mais graves, uma intervenção cirúrgica pode ser necessária.

    Importante: Problemas nos pés relacionados à diabetes podem se agravar rapidamente e são de tratamento complexo, por isso, buscar atendimento médico imediato é crucial.