Uso comum de medicamentos pode aumentar risco de infarto, alerta estudo

O uso de medicamentos comuns, como os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e anticoncepcionais orais, pode aumentar o risco de infarto em mulheres, de acordo com um estudo recente. Embora esses medicamentos sejam amplamente utilizados para tratar uma variedade de condições, incluindo dor, inflamação e contracepção, é importante compreender os possíveis riscos associados ao seu uso.

Os AINEs, como o ibuprofeno e o diclofenaco, são frequentemente usados para tratar a dor e a inflamação. No entanto, estudos anteriores já haviam demonstrado que esses medicamentos podem aumentar o risco de problemas cardiovasculares. O estudo mais recente, publicado no European Heart Journal, analisou dados de mais de 43.000 mulheres que participaram de um estudo de saúde na Dinamarca. As mulheres foram acompanhadas por uma média de 10 anos, durante os quais foram registrados 1.430 casos de infarto.

Os resultados mostraram que o uso de AINEs estava associado a um aumento significativo no risco de infarto em mulheres, independentemente de quanto tempo os medicamentos foram utilizados ou da dose. O risco aumentou em cerca de 20% para cada 1.000 mulheres que usaram AINEs por um ano.

Além disso, o estudo descobriu que as mulheres que usavam anticoncepcionais orais e AINEs juntos tinham um risco ainda maior de infarto. Embora o aumento do risco tenha sido observado principalmente em mulheres com fatores de risco adicionais para doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, diabetes e tabagismo, as descobertas sugerem que esses medicamentos devem ser usados com cautela.

É importante ressaltar que o estudo não prova que esses medicamentos causam infarto, mas sugere que há uma correlação entre o uso desses medicamentos e um maior risco de problemas cardiovasculares. É fundamental que as mulheres que tomam esses medicamentos conversem com seus médicos para avaliar seu risco individual e considerar outras opções de tratamento se necessário.

Existem várias opções alternativas de tratamento que podem ser eficazes para tratar a dor e a inflamação, como terapias físicas, acupuntura e meditação. Além disso, as mulheres que desejam utilizar contraceptivos orais podem considerar outras opções de contracepção, como o DIU ou métodos de barreira, que não envolvem o uso de hormônios.

Em resumo, o estudo destaca a importância de avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios dos medicamentos comuns que usamos. Embora esses medicamentos possam ser eficazes no tratamento de várias condições, é essencial que as mulheres compreendam os possíveis riscos e discutam suas opções com seus médicos. O cuidado preventivo e a comunicação aberta com os profissionais de saúde são essenciais para manter uma boa saúde e reduzir o risco de doenças cardiovasculares.